METAVERSO: Um mundo de necessidades

Quais oportunidades o metaverso oferece para marcas e como negócios podem criar valor real para as pessoas

O metaverso é, sem dúvida, um dos temas quentes do momento, principalmente para as áreas de marketing e comunicação. Mais e mais empresas, especialmente as grandes, estão investindo tempo, dinheiro e energia na construção de sua presença neste novo mundo digital – de tecnologia à moda, de alimentação à mobilidade, não importa o campo de atuação. Para eles, o metaverso é o futuro da internet ou uma alternativa sonhadora à realidade (ou ambos).

Mas o que é o metaverso?

Nosso primeiro passo foi analisar o que, em essência, é o metaverso. A primeira informação importante que reunimos é que, atualmente, não existe um metaverso único, mas vários, cada um com suas características. O Decentraland, por exemplo, é um espaço voltado principalmente para o entretenimento; a Bloktopia, auto definida como a “casa das criptomoedas”, apresenta materiais informativos e educacionais sobre criptomoedas. O Sandbox é o lar dos eventos mais exclusivos do metaverso, enquanto o Horizon Worlds – desenvolvido pela Meta, a célebre evolução do Facebook – oferece experiências e serviços para empresas. Finalmente, Roblox é a nova fronteira explosiva de jogos, onde as novas gerações podem se reunir para criar videogames.

Depois de mergulhar nos principais metaversos e suas várias definições, encontramos nossa própria descrição semântica e funcional para ele:

O metaverso é um espaço virtual indefinido, independente e interativo. 

É indefinido, pois somente os usuários o definem; seu único limite é sua própria criatividade. É independente porque continuaria a existir de forma persistente e descentralizada, mesmo sem usuários ativos. É interativo por seu componente social substancial: a interação do usuário vai além de replicar a vida cotidiana, podendo até mesmo evolui-la.

INSIGHT nº1:

O primeiro passo fundamental para uma marca que deseja se aproximar do metaverso é identificar qual plataforma é mais consistente com seus objetivos.

Por que foi criado?

Agora sabemos o que é o metaverso e quais são suas principais encarnações. Mas uma coisa ainda não está clara: por que foi criado? Por que o metaverso está crescendo, despertando tanto interesse e atraindo multidões?

A resposta, como sugerido anteriormente, está nas necessidades das pessoas. Este novo universo digital está se desenvolvendo em resposta a drivers e necessidades específicas que recentemente se tornaram mais proeminentes. 

A primeira é a questão da acessibilidade: o metaverso é um universo sem paredes e barreiras, permitindo que todos se expressem livremente. As pessoas, especialmente da Geração Z, enfatizam cada vez mais a importância desse aspecto, que é de grande valia para elas. Essa instância está alinhada com o desejo de participação ativa na vida das marcas – hoje, estamos indo além do conceito tradicional de branding, criando comunidades as quais os usuários querem pertencer. 

Esse sentimento de pertencimento a uma comunidade introduz uma necessidade adicional: a agregação. Graças em parte às novas tecnologias, as conexões humanas se tornaram cada vez mais importantes em um mundo perturbado por uma pandemia e distanciamento social. Novas tecnologias, em particular, evoluíram para responder a uma necessidade cada vez maior de colaboração devido ao distanciamento social. A socialização digital e o suporte ponto a ponto habilitado por tecnologia estão ajudando a Geração Z a atender seus desejos. Eles querem se sentir capacitados para aprimorar e construir sua formação e carreira, contornando os processos convencionais típicos do mercado de trabalho. E é justamente por isso que os padrões da experiência de compra estão mudando e evoluindo, tornando-se cada vez mais decisivos para o sucesso das marcas.

O que impulsiona as compras neste novo contexto? Com o advento e a adoção generalizada de NFT e blockchain, as pessoas valorizam cada vez mais a singularidade dos objetos que possuem, sejam físicos ou digitais.

INSIGHT nº2:

As necessidades dos consumidores são o ponto de partida para definir todas as atividades da marca dentro do metaverso.
 

Como o metaverso está respondendo às necessidades das pessoas?

Uma vez definido o metaverso e as razões de seu crescimento, precisamos entender como as marcas já presentes estão tentando responder às necessidades das pessoas. Percebendo uma correlação entre precisar e agir, vamos examinar casos significativos de marcas que já trabalham nesse processo:

Acessibilidade: a Nike recriou suas sedes no espaço imersivo 3D da Roblox, aprimorando a missão da marca de transformar esporte e diversão em um estilo de vida. Dentro da Nikeland, você pode praticar diferentes esportes, criar desafios pessoais e vestir seu avatar com produtos exclusivos da Nike.

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Participação: Socios.com é uma plataforma de tokens de fãs que coopera com os principais clubes de futebol europeus. Ao adquirir tokens, os usuários podem influenciar diretamente nas decisões do time e ganhar e participar de experiências exclusivas, tudo pelo app, sentindo-se ainda mais parte do seu clube.

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Agregação: Em parceria com a Coca-Cola, o Rock in Rio invadiu o metaverso com o RockinVerse. Os fãs puderam acompanhar o streamer Casimiro reagindo em seu canal da Twitch aos 12 espaços criados pelo Rock in Rio dentro de uma ilha no Fortnite, além de participar de diversos desafios que as atrações propõem.

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Colaboração: Horizon Workrooms da Meta é uma ferramenta colaborativa para que as pessoas se reúnam e trabalhem na mesma sala virtual, independente da distância física. Ele funciona em realidade virtual e na web, aprimorando a capacidade de uma equipe de colaborar, se comunicar e se conectar remotamente por meio do poder da Realidade Virtual.

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Capacitação: GucciXFACEIT  – No ano passado, a Gucci anunciou sua colaboração com a FACEIT, um organizador de torneios de E-Sports. Juntos, eles pretendem criar uma academia de jogos, fornecendo aos jogadores todas as ferramentas necessárias para se tornarem jogadores profissionais e desenvolverem suas habilidades.

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Interação: A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) estreou no metaverso Blockman Go, da Garena. A organização inaugurou a Arena Seleção, um espaço que reúne atividades interativas, museu, área para fotos e jogos para usuários. O objetivo é se aproximar de jovens torcedores da Seleção Brasileira através do digital e dos games, mercado que a CBF visa investir mais.

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Experiência de compra: Satiko, influenciadora virtual da Sabrina Sato, inaugurou espaço de ativações no metaverso: Peixe ao Cubo, restaurante do qual é sócia no mundo físico, vai para a realidade virtual do Cidade Alta, no GTA. O espaço, além de servir refeições virtuais, é um local onde marcas podem realizar ativações e interagir com os frequentadores.

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SingularidadeItalia Regina lançou seus Comestíveis Tokens no OpenSea. Esses NFTs temáticos se concentram nos produtos alimentícios italianos mais icônicos: os tokens se traduzem em vouchers únicos de valor igual para gastar em “www.italiaregina.it”, unindo comida saborosa e o mundo digital.

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Quer posicionar sua marca no metaverso? Escreve para a gente.

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